Se o frevo nascesse em Manchester e tomasse ácido em vez de Pitú, ele se chamaria 24 Hour Party People. Esse filme não é só um mergulho nas entranhas febris da cena musical britânica entre os anos 70 e 90 — é uma pancada psicodélica de egos inflados, guitarras desafinadas e cocaína servida em taça de champanhe. Aqui, o protagonista não é só o Tony Wilson interpretado por Steve Coogan — é a própria Manchester: cinza, pulsante, suada, com cheiro de cerveja morna e o sonho punk embalado em plástico bolha.
Michael Winterbottom não dirige, ele improvisa como quem sobe os quatro cantos e joga o roteiro pra cima: câmera na mão, olhos nos olhos, e o resto que se dane! É cinema desgovernado, meio metalinguagem, meio maratona de ressaca, com Tony Wilson quebrando a quarta parede como quem rasga a fantasia no Galo da Madrugada — só que aqui o Galo é um galo inglês, decadente, niilista, mas dançante.
A Factory Records é o verdadeiro “bloco” dessa história: sem contrato, sem patrão, sem noção. Joy Division entra como um trovão melancólico no coração da festa, com Ian Curtis balançando entre o êxtase místico e o desespero pós-moderno. O suicídio de Curtis é quarta-feira ingrata, o estandarte que caiu, o estalo que ninguém esperava. E a câmera respeita, silencia, mergulha.
Mas aí vem a ressaca rave: Happy Mondays, MDMA, e a Haçienda virando um templo eletrônico de hedonismo e falência financeira. O filme dança entre o riso e o colapso, entre o humor britânico seco e o delírio coletivo de uma juventude que queria mudar o mundo, mas acabou vendendo ingresso pra inferninhos.
“24 Hour Party People” é um frevo futurista com beat industrial. Um bloco de carnaval que cruza a cultura clubber com os destroços emocionais da pós-modernidade. É cinema-balada, é documentário fake, é ficção sincera. É o tipo de filme que você vê com a cabeça girando e o coração batendo no ritmo de um baixo pulsante em Fá menor.
Em resumo: um frevo inglês sobre o caos criativo, onde cada nota desafinada é uma bandeira de resistência. E Tony Wilson, com toda sua arrogância messiânica, é o Malungo que mudou pra sempre a trilha sonora do mundo cinzento.
Criatura divina, tu tá lembrada que no dia 1° começa o Tuareg?
É isso mesmo.
Lá vem uma turma de introdução à fotografia e tu tá aí comendo mosca.
Vive dizendo “eita, queria fazer o Tuareg”; “puxa, como é massa essa galera saindo pra fotografar”; “nooooossa, perdi essa turma"….
E aí, camaradinha?
Se move e vem timbora entrar na caravana brancaleônica dos Tuaregs.
Aqui não tem lero-lero e nem vem cá que eu também quero.
A flecha certeira de Oxossí bem no miolo da retina.
É vibrar com o mundo da imagens e ficar feliz por dar rolê fotográfico com a camaradagem.
Bora nessa?
Aqui a gente começa pelo começo:
🎞️ Tipos de câmeras — da DSLR que parece nave espacial à compacta que cabe no bolso e tem sede de poesia.
📈 ISO — porque granulado só na pipoca, não na tua foto.
⚖️ Compensação de exposição — acende ou apaga essa vela aí, meu filho, sem medo!
🪞 Tratamento de imagem — a pós-produção é a maquiagem da alma do clique.
🎯 Foco — que não é só técnico, é filosófico também: o que tu quer mostrar pro mundo, hein?
🔘 n°f — abertura é como coração apaixonado: quanto mais aberto, mais luz entra.
⏱️ Velocidade do obturador — do congelar o tempo ao pintar com ele.
⚖️ Lei da compensação — porque na fotografia, como na vida, tudo é jogo de equilíbrio.
🔦 Fotômetros — medidores de luz e oráculos da exposição.
🔭 Lentes — cada uma com seu temperamento e seu ponto de vista.
🎨 Composição — organiza o caos, encontra o milagre.
🌞 Luz — personagem principal, deusa, entidade, rainha absoluta.
🌃 Fotografia noturna — porque a escuridão também tem seus encantos e seus segredos sussurrados.
E não pense que vai ficar só na teoria!
🗓️ Todo sábado tem prática — sim, sim, vamos pra rua, pro mercado, pro beco, pro alto do mundo. O Recife vai virar nosso laboratório.
Olha o calendário:
Então, vem se inscrever, criatura!